04 | Sacrifício Egípcio, Morte e Iniciação

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É claro que comecei minha jornada iniciática assim que aprendi sobre magia (aos treze anos), inclusive, diga-se de passagem, uma jornada do herói "bem das clichês" - foi necessário assim. Mas, neste ritual em que senti o êxtase sagrado (você anda lendo meus textos? se sim, saiba que esta é uma continuação), também senti a maior das dores. Foi uma iniciação "bem das clichês". Eu morri.

Morrer e renascer faz parte da iniciação em diversas mitologias, seja Jesus, Osíris ou Dionísio. A dor de morrer não é literal, é abstrata. É como se você sentisse a dor de um parto - sim, um parto, vai, preste atenção no simbolismo - em todos os seus átomos. Como se você estivesse completamente em estado de presença, sentindo todas as suas células, tudo o que constitui o seu corpo, a sua existência, sua energia e sua alma. Então. Tudo. Isso. Dói. E morre. Apodrece e se desfaz. Mas é uma dor-que-não-dói. Sabe quando você recebe uma massagem e sente que a dor traz alívio? Comparemos com isso. É claro que estamos falando num nível mental e não literal.

É interessante passar de um êxtase grego com Musas, Ninfas e Deuses Dourados para o deserto de céu púrpura, no topo de uma duna, talvez dentro de uma pirâmide, dando para ver o céu - não lembro exatamente - mas sou uma grande caoísta (involuntariamente) que mistura filosofias e panteões. Senti nostalgia, como lembrança de vida passada, e vi minha guia, minha guardiã, ao lado do altar ritualístico (ou era um sarcófago?).

Foi ali que eu dei à luz. Helena (ou era meu Nome De Alma?) morreu. E renasci. A cobra engoliu o próprio rabo.

É um fato conhecido entre os ocultistas de que as pirâmides não eram grandes túmulos para os egos dos faraós, mas sim locais iniciáticos onde simulava (ou acontecia de fato?) a morte simbólica (vida-morte-vida). 

Bom, se antes eu não era iniciada "por um mestre" e toda aquela história wicca dos anos 2000, agora sou. Nada mudou, apenas me sinto muito abençoada pelos Deuses, devota e sabendo que o caminho está certo.

Morta e renascida, com amor,

Helê



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