Sacerdotisa da bruxaria, pratica magia há 13 anos e se identifica com a filosofia perene - ideia de que a verdade é uma só, mas foi disseminada em cada cultura, tempo e localização de forma diferente atendendo as necessidades daquele momento, ou seja, todas as fés são válidas e têm algo a nos ensinar. Estuda as mais diversas religiões e filosofias, acrescentando aquilo que faz sentido à sua vida espiritual. A Helê acredita que estudando e praticando, algum dia chegará ao caminho natural do ser humano: a sabedoria.
08 Divindade é Liberdade
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08 - Divindade é Liberdade
Já sabemos que o mundo é cíclico. Tudo acaba, transforma-se. Sinto que meu momento com As Musas já chegou em seu auge e agora, muito em breve, passará a ser sutil, até deixar de existir (na verdade, sempre existirá, não é? Afinal, Eles, os símbolos, vivem em nossa psique) e ouvir o chamado Delas novamente, em tempos, meses, ou anos depois.
Eu não acredito em Deus e Deusa “Pai e Mãe”, Deus regente, apegos com entidades e etc. Minha experiência diz que o símbolo dá a forma. A deidade, entidade, a inteligência ou símbolo que aparece naquele momento para você, é o que você precisa naquele ciclo. É correspondente a sua energia, é conectada com o que você precisa aprender e a deidade pode te ensinar.
Tantas vezes já vi bruxas confusas com Deuses que foram apresentados a elas quando jovens, em alguma religião ou grupo, então os ciclos passaram e elas não se identificam mais com aquela energia. Que bom, bruxa, significa que você mudou. Move on.
Já vivenciei tantas egrégoras diferentes. Ocidentais e orientais, escuras ou iluminadas. Todas completamente distintas e sem conversação, depois misturaram-se, conectaram-se, viraram uma só, sem distinções. Ao mesmo tempo, há AQUELA energia que predomina. Como minha conexão com Hermes, Mercúrio, Thoth. Penso: será conexão, uma particularidade minha, de fato ou é a característica do psicopompo, do Deus mensageiro, ter a facilidade em conversar conosco?
A filosofia perene nos traz liberdade. Você pode estudar as diversas filosofias, religiões e ideias, enxugar e levar para a caminhada aquilo que faz sentido para a sua fé. Não há porque se debater sobre “qual panteão devotar-me?”, afinal, você provavelmente nasceu numa cultura brasileira judaico-cristã, quando sente que está precisando aparece no terreiro, às vezes recebe um passe, adora um rolê neo-xamânico, despertou memórias das culturas das suas vidas passadas e tem muito interesse na filosofia que você conheceu num livro. O que te limita?