05/02/2024 - Clube de Literatura

A experiência de estar com mulheres em roda, num contexto onde todas sabemos que estamos ali, para, em algum nível, receber um pouco de cura, é transformador.

"Agora vejo que não sou apenas eu a sofrer com isso" - disse, em lágrimas uma das mulheres.

Como um funil, as mulheres falavam e eu recebia suas mensagens (e pedidos de ajuda) e esses foram os ensinamentos coados do nosso encontro:

- Às vezes, não é sobre desatar os nossos nós. É sobre, com eles, fazer arte, criar uma teia ou uma rede, dando sustentação para chegarmos mais alto e tocarmos os céus. Enraizada, elevada e flexível, como o bambu.

(arte criada pela Carol <3)

- Dentro de mim existe A Senhora, A Velha, A Anciã. Aquela que Sabe. Quando eu silencio, A Ouço. Quando sou eu mesma, Ela vibra. Quando me rebelo, Ela consente.

- Por que dói se não é minha a dor?

- Eu sou a vítima. Mas ninguém vai me curar por mim.

(é isso, até mais, bruxas!)